Vitrola: Khalice
Estes dias, meu colega Marcos me apresentou o cd de uma banda brasileira de metal progressivo chamada Khalice.
Pesquisando um pouco sobre a banda descobri que Khallice é uma banda de Brasília com excelentes músicos na sua formação, a começar pelo grande vocalista (de formação lírica) Alírio Neto, assim como o guitarrista Marcelo Barbosa, que é dono da GTR, considerado um dos melhores institutos de guitarra nesse país. Completam a banda, Michel Marciano (baixo), Cezar Zolhof (bateria), Bruno Wambier (teclados). A banda iniciou em 1994 como uma banda de covers, depois passou a cantar em português, até se estabilizar na formação atual com letras e inglês, e esse é o seu primeiro trabalho.
Talvez um jeito simples de explicar o estilo da banda seria dizer que ela faz um som parecido com o Rush, talvez um pouco mais turbinado, sem esquecer dos caminhos trilhados pela variável melódica atual do que genericamente ainda chamam de metal. Não seria exagero dizer que eles também soam parecido com o Angra na versão atual, inclusive os vocais. A produção desse disco é bem requintada assim como as mixagens provando que o planalto central não fica devendo nada aos grandes estúdios das metrópoles brasileiras e gringas. Aliás, em se falando de sair do país para gravar, atualmente, isso não passa de esnobismo barato com resultados nem sempre convincentes. No quesito guitarra (excelente!), traços de virtuoses como Malmsteen e Satriani.
Mas não é um disco indicado para os apreciadores de um som mais raivoso, sendo direcionado para os fãs do Rush citado assim com os apreciadores de metal melódico numa rotação mais baixa. Os que gostam de baladas também vão se dar bem com esse “The Journey”, como é o caso da terceira “Spiritual Jewel” com um riffs de guitarra bem a la Satriani. Aliás, os virtuoses brasileiros na guitarra direcionam muito o seu trabalho para as praias exploradas por Joe Satriani, sem desmerecer a qualidade de cada um, muito embora alguns só tenha o virtuosismo e nada de punch e feeling. E velocidade não é tudo. “Thunderstorm”, a quinta faixa é um bom exemplo de um teclado bem utilizado, sem encobrir os demais instrumentos, com um intricado trabalho de guitarra.
Particularmente, eu gostei! :)
Como toco bateria, tô escutando bem atento aos grooves do batera Cezar Zolhof, antigo baterista da banda gospel Metal Nobre...
Maiores detalhes:
http://www.khallice.com.br/
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